A Polícia Civil de São Paulo deflagrou a Operação Azimut para desmantelar um esquema de fraude que resultou no desvio de R$ 19,2 milhões de uma empresa do setor de recebíveis e pagamentos. O grupo criminoso utilizou credenciais legítimas, obtidas de forma irregular, para acessar o sistema da companhia e realizar movimentações financeiras não autorizadas. A investigação, conduzida pela 2ª Delegacia de Crimes Cibernéticos, identificou sete carros de luxo adquiridos pelos integrantes do esquema, além de uma grande movimentação financeira, com uma empresa beneficiária do grupo movimentando R$ 6,8 bilhões em apenas dois anos. A operação cumpriu 12 mandados de prisão temporária e 12 de busca e apreensão, resultando na prisão de sete pessoas até o momento.

A fraude ocorreu em 8 de janeiro de 2025, quando os criminosos utilizaram as credenciais legítimas para acessar o sistema da empresa e realizar as movimentações financeiras não autorizadas. A análise das transações levou a polícia a identificar uma empresa beneficiária de R$ 7 milhões do valor roubado, que apresentou uma movimentação financeira impressionante. Esse valor é um indicador de que o grupo já atuava há algum tempo, empregando uma estrutura complexa para lavar recursos do crime e aplicar novas fraudes contra instituições financeiras. Além disso, os investigadores identificaram outras fraudes conectadas ao mesmo núcleo criminoso, que teria executado ataques semelhantes contra bancos e empresas do setor financeiro.

A investigação da Polícia Civil de São Paulo destacou a complexidade do esquema criminoso, que envolvia uma rede de empresas e escritórios de contabilidade. A operação foi dividida em fases, com a primeira fase deflagrada em julho, quando foram alvos os laranjas em que as empresas estavam cadastradas. Na segunda fase, a polícia focou nos verdadeiros beneficiários das empresas e escritório de contabilidade. Os investigados podem responder por organização criminosa, furto mediante fraude e lavar recursos do crime, com penas que somadas ultrapassam 30 anos de prisão.

A Operação Azimut é um exemplo de como a polícia pode combater a lavagem de dinheiro e outras fraudes complexas. Com a ajuda da tecnologia e da análise de dados, os investigadores podem identificar padrões e conexões que não seriam possíveis de detectar manualmente. Além disso, a operação demonstra a importância da colaboração entre as forças de segurança e as instituições financeiras para combater a organização criminosa e proteger os cidadãos de fraudes e outros crimes financeiros. A operação também destaca a necessidade de segurança cibernética eficaz para proteger as empresas e instituições financeiras contra ataques como o que ocorreu em janeiro de 2025.

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