O agricultor que vive na floresta amazônica é uma surpresa de não ser um conto da infância, mas uma realidade viva e presente no coração da Amazônia. Com 83 anos, Seu Antônio enfrenta o dia a dia em uma roça isolada, onde cuida de tudo, desde a semeadura até a colheita, sem precisar de máquina ou tecnologia avançada. Ao contrário do que você poderia esperar, ele não tem nenhum planinho para mudar de rota e voltar para a cidade. Seu Antônio é um homem simples, com uma vida simples, mas cheia de significado.
A rotina de Seu Antônio é tão sincronizada com a natureza que parece um ritual. Cada dia começa cedo, com o agricultor saindo de casa para a roça, onde planta, capina, colhe e transforma a terra em comida. É uma vida de muitas responsabilidades, mas ele não se queixa. Além disso, essa rotina não é apenas física, mas também emocional. Com quase oitenta anos, Seu Antônio ainda não teve tempo de perder o entusiasmo pelo trabalho no campo. Ele explica que cada fileira de plantio guarda um pedaço da história da família, e que é essa conexão com o passado que o mantém forte e motivado com o trabalho. Seu Antônio é um homem de poucas palavras, mas uma vida de muitas histórias. Desde jovem, ele sentiu o chamado da terra e da natureza, e hoje, ele é o principal garantidor de alimentação para a família.
A casa de Seu Antônio é um testemunho do seu esforço e dedicação. É um espaço apertado, mas cheio de significado. Cada cantinho é uma história contada em silencio. A organização e o carinho com que cada objeto é cuidado e conservado são evidentes. Quem visita a casa nota a disposição dos objetos e a falta de luxo, mas não de confort. Aqui, tudo é compartilhado, inclusive o que resta após o plantio, que é guardado cuidadosamente na dispensa. Lá estão guardados grãos como arroz, feijão, mandioca, milho, quiabo, maxixe e coco, plantados com amor e cuidado. A casa de Seu Antônio é um sinal de resistência e de força, na verdadeira acepção da palavra. Ele provou que não precisamos de luxo e confort para sermos felizes e viver uma vida plena.
Mas a vida de Seu Antônio não é apenas sobre ele mesmo. Ele compartilha tudo com a mulher, dona Zenaide, de 78 anos. Juntos, os dois compartilham uma vida de amor e simplicidade, construindo um lar cheio de memórias e significado. A disposição para abrir os braços e acolher é um dos principais componentes de uma vida bem vivida. E Seu Antônio não perde a oportunidade de compartilhar e mostrar sua hospitalidade. Sempre está preparado para acolher. E é isso que faz a vida de Seu Antônio tão especial. É a capacidade de encontrar alegria e felicidade em um mundo que muitas vezes se esquece da simples vida.
