A próxima revolução proteica não vem de bois, frangos ou peixes, veio de galpões e caixas cheias de grilos! O Sudeste Asiático está transformando esses bichinhos em uma nova potência global da proteína alternativa. Com viveiros que produzem mais de 10 bilhões de grilos por ano, esses países estão escrevendo um novo capítulo na história da alimentação do mundo.

No coração desta revolução, encontramos a Tailândia, o Vietnã e o Laos, que emprestaram ao setor agrícola uma visão inovadora e sustentável. As fazendas de insetos destes países são verdadeiras “fábricas de insetos”, onde milhões de grilos são criados e alimentados com ração padronizada, em um ambiente controlado e climatizado. As salas de criação estão equipadas com sistemas avançados de ventilação, controle de umidade e ciclos de colheita que permitem uma produção contínua de insetos, sem pausa. Isso nos leva a uma pergunta fundamental: é essa a forma como o futuro da alimentação será moldado?

A demanda por insetos comestíveis é o resultado de uma combinação de fatores: a preocupação com a sustentabilidade do meio ambiente, a busca por soluções seguras e inovadoras para a alimentação e a necessidade de encontrar alternativas sustentáveis para a produção de proteínas, à medida que a população mundial cresce a cada dia. E é exatamente nesse contexto que o Sudeste Asiático emerge como líder na produção de insetos comestíveis, oferecendo uma solução inovadora e sustentável para o futuro da alimentação do mundo. Mas como funcionam exatamente esses processos? Como os grilos são criados e processados para serem consumidos pelo mercado?

Os processos de criação e processamento de insetos são verdadeiramente impressionantes. Os grilos são criados em caixas de criação, que abrigam entre 3 a 5 mil bichinhos por compartimento. As salas que contêm essas caixas são equipadas com sistemas de ventilação cruzada, controle digital de umidade e ciclos de colheita que se repetem a cada 35 ou 45 dias. Isso permite uma produção contínua de insetos, que são então colhidos, processados e enviados para diferentes partes do mundo, incluindo a Europa, a América do Norte e a Coreia do Sul. A combinação de tecnologia e produção em larga escala permitiu que esses países se tornassem líderes na criação de insetos comestíveis, transformando esses animais em uma nova potência global da proteína alternativa.

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