A Associação Egípcia de Futebol e a Federação Iraniana de Futebol enviaram cartas oficiais à Fifa protestando contra atividades de apoio à comunidade LGBTQ+ durante a partida entre as seleções do Egito e do Irã, marcada para 26 de junho de 2026, em Seattle, nos Estados Unidos, pela 3ª rodada da fase de grupos da Copa do Mundo. O jogo foi designado como “Pride Match” pelo comitê organizador local, em função de sua coincidência com o “Pride Weekend” da cidade, uma iniciativa que busca promover inclusão e visibilidade à comunidade LGBTQ+. A EFA e a FFIRI argumentam que tais atividades contrariam os valores culturais, religiosos e sociais de ambas as nações, invocando o artigo 4 dos estatutos da Fifa, que prevê neutralidade em questões políticas e sociais durante competições.

A Fifa recebeu as cartas e deve avaliar o pedido das federações. A entidade máxima do futebol mundial tem um histórico de lidar com questões sensíveis durante as competições. Em 2018, a Fifa proibiu a bandeira da Confederação Brasileira de Futebol de ser exibida com o número 24, em referência ao ex-jogador e comentarista Romário, que havia feito declarações polêmicas. No entanto, em outras ocasiões, a Fifa também apoiou iniciativas de inclusão e diversidade, como a campanha “Football for Hope”, que visa promover a igualdade e combater a discriminação no esporte. A partida entre Egito e Irã faz parte da Copa do Mundo de 2026, que será disputada nos Estados Unidos, Canadá e México. A competição contará com 48 seleções, um aumento em relação às 32 equipes que participaram da Copa do Mundo de 2022.

O contexto cultural e social dos dois países envolvidos é relevante para entender o protesto. No Irã, relações homossexuais são criminalizadas e podem acarretar penas severas, inclusive a pena de morte sob as leis baseadas na sharia. No Egito, embora não exista uma lei expressa, leis vagas contra a “depravação” frequentemente são usadas para se referir aos LGBTQ+. Esses fatores contribuem para a posição das federações, que alegam que as atividades de apoio à comunidade LGBTQ+ durante a partida podem gerar tensão e conflito entre os torcedores. A decisão da Fifa pode ter implicações importantes para a Copa do Mundo e para o futebol em geral, em termos de equilíbrio entre inclusão e respeito às diferenças culturais.

A partida entre Egito e Irã está prevista para ocorrer no Seattle, nos Estados Unidos. A cidade é conhecida por sua diversidade e apoio a causas sociais. A designação do jogo como “Pride Match” reflete a intenção do comitê organizador de promover a inclusão e visibilidade à comunidade LGBTQ+. No entanto, a controvérsia em torno do protesto das federações pode afetar a atmosfera do jogo e a percepção da Copa do Mundo como um todo. A Fifa deve se manifestar em breve sobre o pedido das federações, e o desfecho pode ter implicações importantes para o esporte e a sociedade.

Compartilhe

Comentários desativados