Aumento de acidentes com abelhas no Distrito Federal

Nos últimos meses o número de incidentes envolvendo abelhas no Distrito Federal disparou: de janeiro a outubro de 2025 foram registradas 8.185 ocorrências, 131 % a mais que o mesmo período do ano anterior (3.534). Em outubro, o crescimento foi ainda mais expressivo, com 1.711 acionamentos, um salto de 399 % em relação a 2024 (343 casos). Esses dados mostram que, além de eventos isolados, há uma tendência de proliferação que pode afetar pessoas de todas as idades.

O que está impulsionando essa onda de picadas? O apicultor José Serafim, com 45 anos de experiência, aponta três fatores principais: o período de reprodução das abelhas, as queimadas frequentes e o aumento das temperaturas. Quando o clima quente e seco se combina com a vegetação queimada, as abelhas buscam novos locais de abrigo e alimento, muitas vezes se aproximando de áreas urbanas. Além disso, atividades de manutenção do gramado, como roçagem, podem perturbar os ninhos e desencadear enxames agressivos, como aconteceu na Escola Classe 209, na Asa Sul, onde um enxame atacou estudantes e professores sem ferimentos graves. Quando as abelhas estão agitada, elas tendem a atacar por defesa, especialmente se sentirem ameaças próximas.

Como se proteger e o que fazer quando houver picadas?
– Evite roupas de cores claras e flores de perfume forte, pois atraem as abelhas.
– Use calçados fechados e, se possível, luvas ao caminhar em áreas verdes.
– Caso um enxame se aproxime, mantenha a calma; movimentos bruscos podem estimular a agressividade.
– Se for picado, tente remover o ferrão com o cuidado de não apertar o veneno.
– Limpe a área com água e sabão e observe sinais de reação alérgica (inchaço intenso, dificuldade de respirar, urticária generalizada).
– Em caso de sintomas graves, procure imediatamente atendimento de emergência.

O Corpo de Bombeiros do DF já registra um número crescente de acionamentos para captura ou remoção de abelhas, marimbondos e similares. As equipes de resgate e as Unidades Básicas de Saúde, como a UBS 3 da Fercal, têm experiência em lidar com esses incidentes, como demonstrado no caso de Vitor Hugo Ferreira Duarte, de 14 anos, que recebeu atendimento em apenas duas semanas após ser atacado por cerca de 4.5 mil abelhas. Essas situações ressaltam a importância de um plano de resposta rápida e de cuidados adequados para minimizar complicações.

Embora essas orientações sirvam como orientação geral, elas não substituem a avaliação e tratamento médicos adequados. Em qualquer dúvida ou quando houver sintomas preocupantes, é fundamental buscar ajuda profissional e seguir as recomendações do serviço de saúde local. A conscientização sobre o aumento das picadas e a adoção de medidas preventivas podem reduzir significativamente os riscos e garantir mais segurança nas áreas urbanas do Distrito Federal.

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