A novela “Três Graças” da TV Globo surpreendeu o público ao apresentar uma trama bem amarrada desde o primeiro capítulo, alcançando em apenas um capítulo o que o remake de “Vale Tudo” de 2025 nunca conseguiu. A história, escrita por Aguinaldo Silva, apresentou uma cena de roubo da estátua que dá nome à novela de forma coerente e sem furos, após semanas de preparação do público. Diferente do remake de “Vale Tudo”, que apresentou problemas com elementos inseridos tardiamente, como a mudança de profissão de Olavo, de fotógrafo para sniper, e a introdução da namorada de Sardinha para criar um conflito.
A construção dos personagens em “Três Graças” foi feita com cuidado, sem a necessidade de mudanças bruscas ou características que não eram suas para fazer a história andar. Personagens como Arminda, interpretada por Grazi Massafera, e Viviane, interpretada por Gabriela Loran, agiram de forma coerente com suas personalidades e histórias. Até mesmo os coadjuvantes, como Cristiano, que gravou tudo com seu celular, foram bem trabalhados e apresentaram comportamentos esperados para suas idades e personalidades. A atenção ao detalhe e a preparação do público para o clímax da cena foram fundamentais para a narrativa bem amarrada.
A comparação com o remake de “Vale Tudo” é inevitável, já que ambos os trabalhos são novelas das nove da TV Globo. No entanto, enquanto “Vale Tudo” apresentou problemas com a introdução de elementos novos e mudanças bruscas nos personagens, “Três Graças” conseguiu manter a coerência e a lógica em sua narrativa. A novela de Aguinaldo Silva também apresentou uma forma mais orgânica de desenvolvimento dos personagens e da trama, sem a necessidade de recursos artificiais para criar conflitos.
A novela “Três Graças” tem se destacado por sua capacidade de criar uma história envolvente e coerente, com personagens bem desenvolvidos e uma trama que se desenrola de forma lógica. Com essa abordagem, a novela tem conseguido manter o interesse do público e se destacar na grade de programação da TV Globo. O sucesso de “Três Graças” pode ser atribuído à habilidade de seu autor, Aguinaldo Silva, em criar uma narrativa bem amarrada e personagens coerentes, e ao trabalho de seus colaboradores em desenvolver uma história envolvente.