O maior município do Brasil está oculto na floresta amazônica, esperando para ser descoberto. Altamira, localizada no interior do Pará, surpreende com sua imensa extensão geográfica: quase 160 mil km², o que é mais do que a soma das áreas de países inteiros. Isso quer dizer que Altamira é maior que a Grécia e Portugal juntos. Quem diria que o território mais expressivo do Brasil estivesse escondido em uma região que é conhecida por sua selva exuberante e rios caudalosos?
A área de Altamira é tão impressionante que é igual a 15 vezes a área do estado de Pernambuco. Além disso, o município está entre os dez maiores do mundo, superado apenas por regiões administrativas da Austrália e da Rússia. Isso mostra que Altamira é um gigante em uma escala global. A explicação para a grandiosidade de Altamira está na sua localização na Amazônia Legal, uma região que abriga vastas porções de floresta tropical, rios imensos e baixa ocupação humana. Esse cenário único é composto por reservas ambientais, áreas indígenas e zonas de exploração econômica que se misturam e criam um ecossistema único.
Um dos rios mais importantes da bacia amazônica, o Xingu, corta o município, trazendo consigo uma mistura de água e sabedoria indígena. O Xingu é um dos principais afluentes do rio Amazonas, que é o maior rio do mundo em termos de volume de água. Além disso, Altamira abriga parte da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, considerada uma das maiores do mundo em capacidade instalada, com 11,2 GW de potência. Essa usina hidrelétrica é um exemplo da grandeza de Altamira, tanto em termos de recurso natural quanto em termos de capacidade de gerenciamento de grandes projetos.
Mas, apesar de sua grandiosidade e beleza natural, Altamira enfrenta enormes desafios de gestão. A cidade lida com a questão de gerenciar suas atividades econômicas, sociais e ambientais. O município é palco de megaprojetos, mas também tem dificuldades estruturais, como a gestão da população, que não chega a 120 mil habitantes. Esse cenário é impressionante, um contraste entre a vastidão do território, recursos naturais abundantes e dificuldades estruturais imensas. Altamira reflete as contradições amazônicas, onde desenvolvimento e preservação coexistem em um equilíbrio delicado.
