Energia eólica na Paraíba: um progresso questionável. A Paraíba sempre esteve à frente quando se trata de energia renovável, mas agora há um problema que não pode ser ignorado mais: a falta de regulamentação adequada e a irresponsabilidade socioambiental que a acompanha. É preciso entender que o crescimento acelerado do setor eólico, principalmente na Paraíba, trouxe consequências indesejadas.

Uma investigação do Ministério Público Federal (MPF) está revelando denúncias alarmantes. Segundo José Godoy, procurador da República, ocorreram casos de adoecimento das pessoas devido à instalação de aerogeradores perto de suas casas. E não é só doença. Relatos de moradores rurais e danos estruturais em propriedades, como rachaduras nas casas e cisternas, têm levado o MPF a abrir uma investigação abrangente sobre práticas empresariais e impactos à saúde da população. As consequências são preocupantes: problemas de ouvido, dentes, além dos prejuízos estruturais, afetam a vida de milhares de pessoas.

A questão de distância das torres em relação às casas também é relevante. As empresas responsáveis pelos parques eólicos estão colocando-as a cerca de 200 metros das casas, enquanto as recomendações internacionais sugerem duas vezes maior distância. Mas ainda é possível melhorar. Além disso, essas mesmas empresas continuam a cobrar o aluguel dessas propriedades, deixando os proprietários rurais com danos que não são compensados. E não é só a questão financeira que preocupa. O MPF alerta que essas empresas estão explorando as necessidades das pessoas com propriedades rurais, oferecendo contratos abusivos e desleais.

Quem são essas empresas? E por que elas estão agindo dessa forma? As informações são claras: as empresas estão mais interessadas em explorar as necessidades das pessoas que em proteger suas vidas. Contratos oferecidos pelos empreendedores são considerados abusivos, levando os proprietários rurais a viver em medo constante. Além disso, os direitos desses proprietários são negligenciados, com benefícios prometidos que raramente se concretizam. As consequências disso são devastadoras.

E o que é feito com essas informações? O MPF intensificou a investigação, levantando denúncias que esperamos não sejam mais esquecidas. A Paraíba precisa ser protegida. E é hora de que as empresas responsáveis por esse cenário sejam responsabilizadas pelos danos causados e pela falta de responsabilidade socioambiental.

Compartilhe

Comentários desativados

Exit mobile version