Jair Bolsonaro foi preso preventivamente pela Polícia Federal na manhã de sábado, após uma ordem emitida pelo ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal. A decisão não está relacionada à condenação recente do ex-presidente por tentativa de golpe de Estado, mas sim a novos indícios de descumprimento de medidas cautelares.

A ordem de prisão foi emitida após a detecção de que Bolsonaro havia violado a tornozeleira eletrônica, que era um dos termos de uma antiga ordem judicial. Esse fato foi comunicado pelo Centro de Monitoração Integrada do Distrito Federal às 0h08 do sábado. A Polícia Federal interpretou essa ação como um aumento significativo no risco de fuga, especialmente quando o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) convocou uma vigília em frente ao condomínio do pai horas antes.

A movimentação foi interpretada como uma possível tentativa de criar aglomeração para dificultar a fiscalização ou cumprimento de ordens judiciais. Flávio Bolsonaro havia anunciado a vigília como uma forma de apoiar a saúde do pai, mas o ministro Moraes considerou essa uma estratégia para criar uma atmosfera tumultuada e dificultar a ação da Polícia Federal. Além disso, durante a investigação que levou à condenação de Bolsonaro, foi identificada uma tentativa de fuga para a embaixada da Argentina, o que reforçou a necessidade da medida cautelar.

A Polícia Federal cumpriu o mandado de prisão por volta das 6h, com Bolsonaro cooperando aos agentes sem uso de algemas, de acordo com a determinação de Moraes. O comboio chegou à sede da PF às 6h35 e o ex-presidente foi encaminhado à Superintendência da PF no Distrito Federal, onde permanecerá em uma Sala de Estado, espaço reservado a autoridades de alto escalão. Ele passou por exame de corpo de delito para evitar deslocamentos.

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