A greve dos caminhoneiros de 2018 foi um dos momentos mais turbulentos da história econômica do Brasil nos últimos anos. Em sete anos, o país ainda não superou as consequências da crise que durou meses, gerou um prejuízo recorde de mais de R$ 50 bilhões e teve como marco um aumento de 50% no preço do diesel que abalou os sete continentes do Brasil.

    A greve, que mobilizou vários caminhoneiros autônomos e empresas de transporte, foi um movimento de luta contra os aumentos nos preços do combustível, que ultrapassavam a inflação. Os preços do diesel tinham subido mais de 20% em apenas um ano, graças à combinação de uma valorização do dólar e um aumento das cotações internacionais do petróleo. Além disso, a percepção de alta carga tributária e a falta de transparência na tabela de frete foram outras reivindicações dos manifestantes, que acreditavam que estavam sendo explorados. A tabela de frete, que define os custos de transporte, é essencial para a cadeia logística e influencia os preços do produto no mercado. Sem ela, a indústria do transporte estava em uma situação desesperadora, e sem solução. A crítica era justa, pois as dificuldades enfrentadas pelos caminhoneiros afetaram milhares de empresas de diferentes setores, incluindo a alimentação, construção civil e comércio.

    Durante a greve, milhares de fardas ficaram vazias em mercados e supermercados da capital federal. A greve se espalhou por todo o Brasil, com rodovias bloqueadas em 24 estados. Além disso, as linhas de produção das fábricas foram paralisadas, e o país enfrentou um desabastecimento geralizado. Os governos federal e estaduais, em conjunto com o Supremo Tribunal Federal, precisaram tomar medidas emergenciais para acalmar a situação, o que gerou uma pequena reação, pois o preço do diesel diminuiu, mas a tabela de frete nunca foi estabelecida. Sem uma solução para a tabela de frete, as dificuldades no transporte foram perpetuadas.

    Seis anos após o início da greve, as falhas logísticas ainda são um grande desafio ao Brasil. Para que o país consiga superar estas dificuldades, é necessária uma política pública que dê uma solução real para os problemas relacionados à tabela de frete e ao preço do diesel. Sem isso, a situação permanecerá instável.

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