A exigência do exame toxicológico de larga janela para novos motoristas pode barrar até 870 mil usuários de drogas por ano, impedindo que eles obtenham a carteira de habilitação (CNH). Essa medida foi possível após a derrubada do veto presidencial que impedia a exigência desse exame para candidatos das categorias A (moto) e B (carro). Com a mudança, o teste, que antes era obrigatório apenas para motoristas profissionais, passa a ser exigido também para esses candidatos. As novas regras incluem um curso teórico gratuito e digital, redução drástica das aulas práticas e manutenção do exame toxicológico como um filtro essencial para impedir que usuários frequentes de drogas ingressem no trânsito como novos condutores. Além disso, o governo calcula que 20 milhões de brasileiros dirigem sem carteira e outros 30 milhões têm idade para obtê-la, mas não iniciam o processo devido aos custos. Com a mudança, a procura pela habilitação deve aumentar de forma inédita.
Os defensores da medida veem o exame toxicológico como fundamental para impedir que usuários frequentes de drogas obtenham a CNH. O teste detecta substâncias como anfetaminas, maconha, cocaína, opiáceos e derivados, identificando o consumo em larga janela, algo que exames médicos tradicionais não conseguem aferir. O custo do exame, que varia entre R$ 120 e R$ 140, é considerado baixo por especialistas diante da simplificação geral do processo, que pode economizar milhares de reais ao candidato. Os cuidados com a saúde e a segurança no trânsito estão em destaque com essa medida, pois o consumo de drogas pode afetar significativamente a capacidade de direção. Além disso, a prevenção é um aspecto importante, pois a exigência do exame toxicológico pode desestimular o consumo de drogas entre os jovens.
A mudança nas regras para obtenção da CNH pode ter um impacto significativo no comportamento dos jovens e na segurança no trânsito. Com a redução dos custos da habilitação e a exigência do exame toxicológico, o governo pode estar contribuindo para a prevenção do consumo de drogas e a segurança no trânsito. Além disso, a medida pode ajudar a reduzir o número de acidentes causados por motoristas sob o efeito de drogas. É importante notar que a medida não é apenas uma questão de segurança, mas também de saúde pública, pois o consumo de drogas pode ter consequências negativas para a saúde individual e coletiva.
A implementação da medida deve ser acompanhada de educação e conscientização sobre os riscos do consumo de drogas e a importância da segurança no trânsito. Além disso, é fundamental garantir que o exame toxicológico seja confiável e justo, para evitar qualquer tipo de discriminação ou erro. Com a mudança nas regras, o governo está dando um passo importante para a melhoria da segurança no trânsito e a proteção da saúde pública.
