O ex-apresentador da Globo, Jonas Almeida, recentemente compartilhou sua experiência com um efeito colateral da quimioterapia que pode ser irreversível: a perda de audição em um dos ouvidos. Em maio, Jonas foi diagnosticado com câncer de pulmão e, após passar por quimioterapia e radioterapia, revelou que a perda de audição foi um efeito tardio do tratamento. A ototoxicidade, ou danos ao ouvido interno, é um efeito colateral conhecido de alguns quimioterápicos, especialmente aqueles à base de platina, como a cisplatina e carboplatina. Esses medicamentos podem danificar as células ciliadas do ouvido interno, responsáveis por transformar as vibrações sonoras em impulsos nervosos, levando a perda auditiva e, muitas vezes, a um zumbido.

A perda auditiva causada por quimioterapia pode se desenvolver gradualmente, mas também pode ocorrer de forma abrupta, como no caso de Jonas. O médico Dr. Paulo Reis, otorrinolaringologista, explica que a perda auditiva pode ser irreversível e que a prevenção e o tratamento devem ser feitos com cuidado. Em alguns casos, como o de Jonas, é possível recuperar parte da audição com tratamento, mas isso depende de vários fatores, incluindo a extensão do dano e a eficácia do tratamento. A orientação médica é fundamental para minimizar os riscos de ototoxicidade e para tratar a perda auditiva de forma eficaz.

É importante que as pessoas que estão passando por quimioterapia estejam cientes do risco de ototoxicidade e tomem medidas para proteger sua audição. Isso inclui exames auditivos regulares antes, durante e após o tratamento, além de evitar exposição a ruídos altos. Além disso, é fundamental que os médicos e profissionais de saúde estejam atentos aos efeitos colaterais do tratamento e tomem medidas para minimizá-los. A conscientização sobre a ototoxicidade e a perda auditiva pode ajudar a prevenir e tratar esses problemas de forma mais eficaz.

Em muitos casos, a perda auditiva causada por quimioterapia pode ser acompanhada de outros sintomas, como zumbido e dificuldade para ouvir sons agudos. O tratamento pode incluir o uso de aparelhos auditivos, terapia de reabilitação auditiva e, em alguns casos, medicamentos para ajudar a aliviar os sintomas. É fundamental que as pessoas que estão passando por quimioterapia tenham acesso a informações precisas e apoio para lidar com os efeitos colaterais do tratamento e minimizar seus impactos na qualidade de vida.

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