A deputada federal Carla Zambelli renunciou ao seu mandato após uma decisão do Supremo Tribunal Federal que determinou a perda do cargo. A parlamentar, que foi condenada a 10 anos de prisão por participação na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça, estava presa na Itália e não podia exercer plenamente o mandato. Com a renúncia, o suplente Adilson Barroso será convocado para assumir a vaga.
A decisão do STF foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, que anulou o entendimento da Câmara dos Deputados e determinou a perda imediata do mandato de Zambelli. A Câmara havia aprovado a cassação do mandato por 227 votos, mas o número não atingiu o mínimo de 257 votos necessários, o que levou ao arquivamento da representação. No entanto, Moraes argumentou que a Constituição estabelece que cabe ao Judiciário decretar a perda do mandato de parlamentar condenado criminalmente com trânsito em julgado.
A condenação de Zambelli foi resultado de uma ação realizada com auxílio de um hacker, que invadiu os sistemas do Conselho Nacional de Justiça. A deputada estava em liberdade, mas havia deixado o Brasil após a condenação e estava presa na Itália. Enquanto estava presa, não podia votar nem exercer plenamente o mandato, que permanecia ativo por decisão da Câmara. A renúncia de Zambelli foi formalizada à Secretaria-Geral da Mesa da Câmara dos Deputados, e o presidente da Casa, Hugo Motta, determinou a convocação do suplente Adilson Barroso para assumir a vaga.
A perda do mandato de Zambelli e a convocação de Barroso seguem a legislação eleitoral e o regimento interno da Câmara dos Deputados. A decisão do STF e a renúncia de Zambelli põem fim a uma controvérsia que envolveu a Câmara e o Judiciário.
