Ações da Novo Nordisk despencam após Ozempic falhar em testes contra Alzheimer

A Novo Nordisk, líder no mercado de medicamentos contra a obesidade, sofreu um duro golpe nos últimos dias. O medicamento antiobesidade Ozempic, que havia sido projetado para retardar a progressão da doença de Alzheimer, falhou em dois grandes estudos. Isso não apenas levou a uma queda de 12,4% nas ações da empresa, atingindo o valor mais baixo desde julho de 2021, como também desacendeu as expectativas dos investidores, que haviam colocado a Novo Nordisk como favorita para um novo uso para o medicamento.

O Ozempic é um medicamento que foi originalmente desenvolvido para tratar a obesidade e a diabetes tipo 2. No entanto, a empresa havia identificado o potencial do medicamento em ajudar a tratar a doença de Alzheimer e havia iniciado os testes com grande esperança. A recompensa potencial era enorme: se o medicamento tivesse sucesso, a Novo Nordisk poderia ganhar até US$ 5 bilhões a mais em receita anual. Mas os resultados não foram satisfatórios. Os pacientes que tomaram o medicamento não mostraram uma progressão mais lenta da doença, segundo uma avaliação cognitiva. Esses resultados foram um golpe dural para a empresa, que já enfrentava dificuldades para recuperar sua posição de liderança no setor de obesidade. Agora, a Novo Nordisk terá que abandonar os estudos após apenas um ano.

A notícia do fracasso do Ozempic não é apenas um problema para a Novo Nordisk, mas também para os investidores que haviam colocado suas esperanças na empresa. A queda nas ações da Novo Nordisk também afetou as ações da Eli Lilly, rival da empresa. Além disso, a doença de Alzheimer é uma área notoriamente difícil para o desenvolvimento de medicamentos. A Novo Nordisk havia colocado grande esperança nos testes, pois o sucesso poderia ter dado à empresa uma vantagem competitiva contra a rival Eli Lilly. No entanto, agora a empresa enfrenta um novo desafio: recuperar-se da queda nas ações e encontrar um novo caminho para o sucesso. A equipe de desenvolvimento da Novo Nordisk permanece otimista, no entanto, e acreditam que o medicamento tem potencial. “Sentimos que tínhamos a responsabilidade de explorar o potencial do semaglutida”, disse Martin Holst Lange, diretor científico da empresa. “Embora os pacientes não tenham apresentado uma progressão mais lenta da doença, a reação do corpo aos medicamentos foi positiva.” A equipe da Novo Nordisk segue em frente, com esperança de encontrar um novo uso para o Ozempic.

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