O ano letivo nas escolas públicas e privadas de São Paulo chega ao fim com um marco histórico: pela primeira vez, crianças e adolescentes não puderam usar o celular dentro dos colégios. A medida, imposta por meio da lei estadual nº 18.058, de 2024, e da lei federal nº 15.100, de 2025, começou a valer no início deste ano e cobrou uma mudança nos hábitos dos estudantes e das escolas. Em São Paulo, como no resto do país, colégios precisaram criar regras para fiscalizar a restrição e, em alguns casos, enfrentaram a resistência de estudantes à novidade. Em geral, o balanço dos profissionais da educação é de que a medida gerou resultado em boa parte das escolas e teve impacto direto na socialização e na aprendizagem dos alunos.
A proibição do uso de celulares nas escolas foi bem recebida por muitos estudantes, que relatam que a medida melhorou a socialização e a atenção em sala de aula. Alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Meire de Jesus Ribeiro, na Cidade Tiradentes, zona leste de São Paulo, disseram que a proibição os fez prestar mais atenção nas aulas e se relacionar melhor com os colegas. A diretora da escola, Cristiane dos Santos, relata que a escola criou um protocolo para fiscalizar a restrição, e que o apoio dos pais tem sido fundamental para que a medida seja cumprida. Além disso, o coordenador pedagógico da escola, João dos Santos, destaca que a redução do cyberbullying foi um dos resultados mais positivos desde a implementação da restrição ao celular. A medida também vale para os adultos, e os próprios alunos têm ajudado a fazer a regra ser cumprida, avisando quando professores ou outros funcionários estão usando celulares.
A proibição do uso de celulares nas escolas teve diferentes reações entre os estudantes, com os mais novos tendo aceitado a medida de forma mais fácil do que os mais velhos. No entanto, em geral, os profissionais da educação consideram que a medida foi benéfica para a aprendizagem e a socialização dos alunos. A Escola Municipal de Ensino Fundamental Meire de Jesus Ribeiro é um exemplo de como a proibição pode ser implementada de forma eficaz, com a criação de regras claras e o apoio dos pais e dos próprios alunos. A medida também tem contribuído para a redução do uso excessivo de tecnologia entre os jovens, o que pode ter efeitos positivos na saúde mental e física dos estudantes. Com a proibição do uso de celulares, as escolas têm buscado alternativas para manter os alunos engajados e motivados, como a criação de atividades lúdicas e interativas em sala de aula.
A implementação da proibição do uso de celulares nas escolas de São Paulo tem sido um processo gradual, com as escolas adaptando-se às novas regras e encontrando formas de tornar a medida eficaz. A colaboração entre os professores, os pais e os próprios alunos tem sido fundamental para o sucesso da medida, e os resultados até agora têm sido positivos. Com a proibição do uso de celulares, as escolas têm a oportunidade de criar um ambiente de aprendizagem mais focado e produtivo, onde os alunos possam se desenvolver de forma mais completa e saudável. Além disso, a medida pode contribuir para a formação de hábitos saudáveis entre os jovens, que são essenciais para o seu bem-estar e sucesso nos estudos e na vida.
