A Biblioteca Municipal Mário de Andrade, localizada no centro de São Paulo, foi invadida por dois homens armados na manhã de domingo, 7 de dezembro. Os criminosos renderam os seguranças e roubaram algumas obras de arte que estavam no local, antes de fugir em direção à estação Anhangabaú do Metrô. Não houve registro de feridos, mas o local e as imediações seguem sob intenso patrulhamento da Polícia Militar, que busca identificar e prender os autores do crime. A biblioteca, que é a segunda maior do Brasil, atrás apenas da Biblioteca Nacional, guarda quase 1,5 milhão de itens, incluindo livros, mapas e documentos.

A Biblioteca Mário de Andrade completou 100 anos em fevereiro e é um importante espaço cultural em São Paulo. O local conta com sistema de câmeras e a administração afirma que o material será fornecido às autoridades policiais para ajudar na investigação. As obras roubadas incluem oito gravuras do artista francês Henri Matisse e cinco gravuras do brasileiro Candido Portinari, que faziam parte da exposição “Do livro ao museu: MAM São Paulo e a Biblioteca Mário de Andrade”, realizada em parceria com o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM). A administração da biblioteca afirmou que as obras contam com apólice de seguro e que o policiamento no local foi reforçado após o incidente.

Henri Matisse foi um pintor francês do início do século 20, figura central do fauvismo, movimento marcado pelo uso ousado de cores vivas e pinceladas livres. Candido Portinari, por sua vez, é um dos maiores artistas do modernismo brasileiro. A perda dessas obras é significativa, não apenas por seu valor artístico, mas também por seu valor cultural e histórico. A Prefeitura de São Paulo, administradora do espaço, ainda não se pronunciou sobre o incidente, mas a Secretaria da Segurança Pública (SSP) foi procurada para fornecer mais informações sobre a investigação.

A biblioteca segue aberta para manifestações, e a administração está trabalhando em estreita colaboração com as autoridades policiais para resolver o caso. O local passa por perícia no momento, e a Polícia Militar está colhendo informações para identificar e prender os autores do crime. Enquanto isso, o espaço segue sob vigilância intensa, e a comunidade cultural de São Paulo aguarda com ansiedade notícias sobre a recuperação das obras roubadas. O incidente destaca a importância da segurança em espaços culturais e a necessidade de medidas eficazes para proteger o patrimônio artístico e histórico do país.

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