Com rotina sem descanso, o homem que trabalha 365 dias por ano, longe da família, enfrentando jornadas exaustivas e revelando a realidade dura que ninguém imagina.

    Hari Haran é um trabalhador migrante de Tamil Nadu, sul da Índia, que tomou a difícil decisão de deixar para trás a esposa e a filha para construir uma vida melhor em uma das ilhas paradisíacas do arquipélago de Seychelles. Essa terra de belezas naturais e clima quente se tornou um sonho para muitos, mas para Hari, é um local de esforço ininterrupto. Ele buscou em Seychelles renda e estabilidade, mas o que encontrou foi uma rotina sem folga, sem feriado e sem fim de semana.

    Sua jornada começa por volta das seis da manhã, quando ele se levanta para preparar-se para mais um dia de trabalho. Dormir cerca de cinco horas por dia se tornou o padrão em sua rotina. Entre atendimentos rápidos e conversas em crioulo com os clientes, Hari se esforça para agradar e atender às necessidades de quem entra e sai da loja. A necessidade de aprender o crioulo local se tornou uma ferramenta crucial para sua sobrevivência. Em poucos meses, ele dominou o suficiente para negociar, dar bom dia e orientar clientes, criando uma ponte de comunicação com quem entra e sai da loja. Para os seus patrões, ele é um funcionário dedicado e trabalhador. Para os clientes, ele é um rosto caloroso e familiar.

    A ilha paradisíaca, para Hari, é um local de esforço contínuo, longe da confortável rotina de sua vida anterior. Ele enfrenta desafios sem igual, e suas jornadas nunca param. A exaustão física e emocional se tornaram a realidade diária. Enquanto visitantes circulam por poucos dias, tiram fotos e voltam para casa, Hari permanece na mesma loja, no mesmo bairro, enfrentando o mesmo fluxo de clientes e problemas, dia após dia. A ilha que muitos associam a luxo e férias prolongadas, se tornou, para ele, um lugar de sobrevivência contínua.

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